Não há dúvidas de que as palavras têm poder quando falamos sobre autoestima. Elas podem destruir ou fortalecer o autorrespeito na jornada da vida. Com os jovens isso é ainda mais delicado, pois existem diversas mensagens não-verbais que são expressadas pelos adultos. Essas podem tomar forma de elogios, através de palavras ou sorrisos, ou também de explosões negativas ocasionais – que ocorrem em momentos críticos. Mas, o que realmente importa é a mensagem passada, sua frequência e sua intensidade. Tais mensagens funcionam como uma caneta que desenha e vem a descrever quem aquela criança ou jovem é.
Que mensagem se transmite àquela criança?
Comecei a abordar esse tema através de uma série de artigos, pois o assunto é delicado e urgente, mas ainda velado. Quero ajuda-los a enxergar a realidade e novas possibilidades para a saúde emocional de sua família e de quem está por perto.
Falar de autoestima do seu filho é um assunto delicado, pois está diretamente conectado com a forma com que você se expressa.
Que pais não querem que seus filhos tenham personalidade e autoconfiança para lidar com os desafios do dia-a-dia? Filho que se sintam íntegros e autênticos dentro dos relacionamentos?! Será que hoje isso tem acontecido? Esse continua sendo um tema de esforço dos pais, mas infelizmente os dados nos mostram que o índice de depressão e outros conflitos aumentam consideravelmente entre os jovens. Ou seja, algo está acontecendo nesse caminho que o esforço dos pais não se torna resultado na felicidade dos filhos.
O atual desafio da autoestima
A autoestima impacta diretamente na capacidade da criança poder expressar seu potencial ou de desenvolver sua resiliência para lidar com desafios. Quando elevada, resulta dos reflexos positivos que cercam a criança.
Mas é sempre assim? Quem nunca conheceu alguém que parece ter superado uma dura história de vida, através de um case de sucesso profissional? História essa que incluía uma relação muito difícil com os pais…
Realmente, há muitas pessoas que buscam nesse caminho do trabalho mascarar a sua falsa confiança e solidão. Isso ocorre pois torna-se confortável maquiar a falta de autoestima por meio da realização profissional. Atenção: O sucesso exterior nem sempre representa a paz interior.
Crianças maiores e adolescentes se deparam com esses conflitos de forma ainda mais intensa, pois vivenciam grande parte do tempo de seu desenvolvimento em grupos. Nesse caso, os jovens usam máscaras nas redes sociais para se defender de uma sensação íntima de desconforto ou de extrema angústia. A vida e suas referências se confundem com o que é mostrado na internet. Por conta disso, os jovens passam a se relacionar de forma desconectada, com as identidades deturpadas, o que resulta na baixa autoestima.
E por que um desafio dos adultos?
“Diga-me o que fazer para que as crianças possam valorizar a si mesmas!” – pedem os pais…
Para começar é preciso entender que a verdadeira autoestima é a maneira pela qual nos sentimos intimamente e não sobre a aparência externa de felicidade ou acumulação de riquezas e posições que mostramos ter. Seja no parquinho ou até em altas posições no trabalho… afinal, estamos falando de status em grupos sociais da mesma forma.
Para se considerar uma pessoa realmente adequada e sentir-se bem, a criança precisa de experiências de vida que provem que tem valor e que é digna de ser amada. Não basta apenas dizer que ela é especial. O que realmente importa é a experiência, que fala muito mais alto!
Na talkB4 incentivamos o diálogo, pois no início da vida a criança entende que seus pais são poderosos. Assim, se estabelece uma linha de comunicação Vital na qual as crianças entendem que a forma como seus pais os tratam é a forma como merecem ser tratadxs. Ou seja, o que os pais dizem (verbal ou não verbalmente) a respeito do filhx é o que o filhx luta para ser!
Como pais devemos ter em mente que nossos reflexos têm efeitos poderosos sobre o senso de individualidade da criança. E é exatamente sobre isso que vamos falar no próximo artigo, acompanhe e comente!
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