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Como a maneira de nos relacionarmos influencia as crianças?

Quando falamos de afetividade, o mundo atual nos mostra uma série de fenômenos sociais em torno das relações humanas. Esses, invariavelmente, afetam as crianças.

Temas como os papéis do masculino e do feminino na sociedade, casamentos, divórcios, multiplicidade de gêneros, relações e até solidão são pontos críticos da vida humana. Apesar de termos hoje maior liberdade nas relações, as pessoas estão cada vez mais solitárias e incompreendidas.

Assim, temos a impressão de que os relacionamentos se tornam progressivamente mais difíceis.

Dessa forma, nunca se fez tão necessário aprofundarmos nosso olhar amoroso para o que está acontecendo em nossa época no quesito relações humanas. Ou melhor, nunca foi tão necessário que cada ser humano independente de gênero ou orientação sexual, se individualize!

O caminho para isso nos dias de hoje está na integração do masculino e do feminino dentro de cada um.

Nesse cenário atual, não podemos esquecer que as crianças estão crescendo em meio aos nossos desafios dessa integração.


As crianças percebem no mundo homens olhando ainda de forma assustada a emancipação das mulheres, não sabendo bem se devem ou não ajudar. Já as mulheres, cada vez mais, mostram suas potencialidades e alcançam um sucesso exterior, mas caem muitas vezes em um vazio interior.

Vale lembrar que as crianças de hoje parecem ver além daquilo que nós adultos concebemos. Na verdade, eles veem tudo! E veem a forma como lidamos com nossos desafios nesse processo de integração.

Nossa época nos pede maior independência e individualização como adultos e as crianças também esperam isso da gente. Assim, a verdade é uma só, estamos enfrentando crescentes problemas de angústia e de carência afetiva.

Cada vez mais é importante que cada ser humano adulto encontre seu eixo para poder ser o autor da sua própria história, de forma a ser uma amorosa autoridade para a criança. Esse é o significado da palavra autoridade: autor é aquele que cria a sua história e não somente interpreta.

 

Em meio a esse nosso tumulto relacional, a modernização eletrônica ganha espaço. Ganhamos em tecnologia, isso sempre terá seu lado bom, mas caímos no vazio existencial. Já não estamos juntos uns aos outros, nossas crianças são as que mais sofrem com esse fenômeno.

O que podemos fazer para ajudar as crianças em meio essa crise?

Primeiro não devemos nos esquecer que crise é ponte, é passagem. Por isso estamos em crise: porque não somos ainda aquilo que queremos ser, mas fato é que estamos a caminho.

Estamos tentando ser melhores pais,  mães,  filhos, amantes,  amados, amigos,  profissionais e seres humanos. Dessa forma, estamos no vir a ser da gente mesmo, e nessa angústia ainda temos que nos integrarmos.

Temos diante de nós como adultos desafios de gente grande, para lidarmos com nossa época precisamos nos integrarmos individualmente e nos conectarmos socialmente.

Caminhos para isso existem aos milhões, mas eu deixo aqui as minhas escolhas. Em meu próximo texto, falarei sobre como faço essa integração a partir de uma visão ampla de espiritualidade. Ficou curioso? Aguarde o próximo capítulo!

 

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