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Os tipos de aluno: existe aluno burro?

By: Alok

Existem diversos tipos de aluno, mas algo é fato: não existe aluno burro. Há muito tempo esse discurso estúpido vem se repetindo no meio educacional, reforçando todo tipo de humilhação e constrangimento.

Sou professor e educador e trabalho na rede privada de ensino há 20 anos, escutando desde sempre coisas como: “aquele aluno é burro, não tem jeito”, entre outras atrocidades. Mesmo quando isso não é dito na cara do estudante, ele percebe, e as consequências são desastrosas, podendo se prolongar pelo resto da vida. Uma sensação de fracasso por conta das dificuldades na vida escolar pode gerar frustração e sensação de uma impotência catalisadora de inúmeros sentimentos negativos, dentre eles a baixa autoestima e sentimento de inferioridade. Autoestima e aprendizagem estão diretamente relacionadas. Não se adaptando ao modelo de ensino tradicional, o indivíduo normalmente tem menor rendimento, o que gera baixa autoestima cuja consequência é um menor rendimento escolar. Estão percebendo o círculo vicioso o qual vem se perpetuando?

 O que significa: os tipos de aluno?

É claro que cada indivíduo em formação reage de forma diferente mediante aos diversos estímulos vindos de fora. Algumas pessoas podem sentir-se desafiadas quando questionadas quanto a sua capacidade e fazer de tudo para superar as eventuais dificuldades, mas nem todo mundo tem o mesmo repertório e, pra ser sincero, até mesmo os que conseguem essa proeza, normalmente passam a vida tentando provar que são suficientemente boas.

A vida escolar tem grande peso no processo de formação do indivíduo, portanto é necessário investigar o que está por trás do déficit de rendimento e repensar estratégias para provocar no aluno o desejo pelo conhecimento. Definimos os tipos de aluno, padrões muito estreitos (padrões são estreitos) e delimitamos o que se espera do estudante, criando uma série de conflitos quanto àquilo que se considera bom ou ruim.

Ao rotularmos nossos alunos e alunas, definindo-os como incapazes, estamos desempoderando-os e isso é uma crueldade. Não temos como dar poder a quem quer que seja, mas podemos reconhecer o brilho de cada um e fazê-los perceber-se com esse poder. Há muitas outras áreas do conhecimento (não devidamente privilegiadas pela grade curricular comum à maioria das escolas) capazes de comprovar a inteligência, como nas artes, comunicação e tantas outras. Como achar que são burros? Apenas por não se encaixarem neste modelo obsoleto e castrador? E qual o papel do professor? Onde está a autor responsabilidade na hora de estimular os nossos alunos? Se não está bom do jeito que está, por que não mudar?

Afirmar ser o aluno burro é no mínimo irresponsável, gera sofrimento e é fruto da ignorância sobre si mesmo.

O papel da Talk B4 nisso tudo

Estamos aqui para ajudar pais e educadores a ter uma comunicação mais eficaz com crianças e jovens, por isso, educador, precisamos saber sua opinião sobre alguns pontos importantes da abordagem com crianças e jovens no ambiente escolar.

Por favor, respondam essa pesquisa.

Todxs que conseguirem colaborar com informações terão a chance de participar da nossa produção de conteúdo, seja com vídeo, texto ou outra maneira que a pessoa fique confortável.

Agradecemos desde já! 🙂

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