Como é o mundo da parentalidade – a condição dos pais? Desafiador: um mundo de expectativas, ideias e bastante dedicação dos pais em cuidar desses filhxs.
Mas quem diria que esse empenho não seria o suficiente para blindar nossos pequenos da dura realidade? Realidade em que tudo é mais complexo, cheio das mais variadas emoções , problemas e preocupações.
As crianças despertam grandes emoções como alegria, certeza e prazer, que misturam-se com preocupação, dúvida e culpa (e essa última parece nascer junto com o bebê). Tudo isso adicionado a uma boa dose de planejamento, esforço e cansaço.
Criar e educar traz o desafio de lidar com diferentes problemas, e eles mudam mas não acabam nunca. Desde aguentar a desordem, lidar com o “não”, aprender a dar limites. Apesar de tudo, lutamos para fazer as coisas da melhor maneira possível.
Investimos muito em tempo, cuidado, energia, dinheiro, alimentação adequada e movimentações para proporcionar vantagens, mas, apesar de tudo isso, os filhos vão responder de um jeito único e inesperado pois eles não são programados para corresponder aos nossos esperados resultados.
Pode ser que apareçam notas não tão boas, imaturidade emocional, rebeldia, timidez, doenças. E também pode ser que você não enxergue problemas no seu filho, mas sempre estará buscando se esforçar ainda mais e cuidar para que não hajam sinais de demais problemas. Como delinquência, abandono escolar, doenças venéreas, envolvimento com drogas ou outras tantas preocupações com possíveis dificuldades e dores.
São perguntas que rodeiam a cabeça dos pais constantemente e que parecem girar num círculo vicioso: “O que eu devo fazer agora?”, “Como eu posso acertar?”, e isso conta muito mais sobre os pais do que sobre as crianças, ou seja, como a realidade pode confrontar com o que sonhamos para os nossos filhos.
Então como transformar o sonho em realidade e como não perder a confiança em si mesmo como pai, mãe ou cuidador?
Falando assim, pareço contar o óbvio, pois desde sempre criar filhos foi algo desafiador. Porém, pode ter certeza que nunca vivemos tantas novas questões como as apresentadas nos dias de hoje! Um cenário instável, altamente dinâmico e ambíguo que reflete em toda a nossa sociedade.
Uma boa amostra disso é mensurável ao saber que o rádio demorou 38 anos para alcançar 50 milhões pessoas, enquanto a internet demorou 4 anos para atingir esse mesmo número de usuários. Agora, na geração de quem ainda tem filho pequeno, o jogo Pokémon atingiu essa quantidade de usuários em apenas 22 dias. Chega a ser assustador!
São informações de todos os tipos e acessíveis, são crianças muito mais conscientes e conectadas, são informações que chegam por todos os lados e não mais estão sob o controle dos pais. E agora?
Assistimos a uma corrida por remediações, mas seria essa a única solução?
Conversando com famílias, seja na clínica ou em importantes entrevistas, identifiquei a recorrência da preocupação dos pais de não terem mais o controle, apesar de passarem todos os valores possíveis e positivos desejados.
Ou seja, os pais têm a noção de que seus filhos podem ser impactados seja pela internet, pelas mídias, por coleguinhas e, às vezes, até por membros da própria família. Eu também ouvi muito sobre medo do que pode acontecer: medo de como isso pode impactar as crianças, medo de não conseguir proteger, medo do que pode vir a acontecer, medo de como está o mundo, medo de como estará daqui alguns anos…
O medo dos pais é do desconhecido, que permeia a sociedade e, consequentemente, a educação dos seus filhos hoje.
Já não basta se proteger, é preciso conversar, conhecer, construir e guiar.
Como isso é possível ?
Apenas com informação de qualidade, suporte adequado, coragem e afetividade. Conheça as trilhas de conhecimento da talkB4, que em breve estarão disponíveis aqui em nosso site!
É preciso mais do que nunca falar sobre tudo isso que está acontecendo, assim como conversar sobre de que forma isso pode impactar as crianças. Quero contar qual é a base da saúde emocional para que só assim o medo não tome conta e paralise quem precisa agir com atitude e presença agora: os próprios pais e todos que fazem o papel de educar e criar.
Proponho a vocês uma sequência bem importante sobre reflexões referentes ao desenvolvimento emocional infantil pela ótica psíquica e sua correlação com a criação parental. Com uma linguagem acessível e fundamental para aqueles que se aventuram nesta função nos dias de hoje. Serão artigos leves e embasados, começando então pela base da Saúde emocional dos filhos.
Fique atento a essa sequência que funcionará como uma nova lente que clareia sua visão para/com seu filhx.
Olhar sobre uma nova ótica te possibilita ser muito mais assertivo e faz com que você possa escolher de maneira mais próxima e real “como” quer é exercer essa parentalidade e “como” buscar a felicidade da sua família. Vamos juntos!
Imagens: VisualHunt